alicerce

quarta-feira, 9 de março de 2011

mistake

Provocas horrores em mim. Vejo-te ao longe por te conhecer tão bem, em tão pouco tempo. Já fizeste percorrer ao longo do meu corpo, os mais diversos sentimentos.
Odeio-te. Odeio-te por me teres feito acreditar que eras diferente. Afinal és tu, um igual ser a todos os outros. Respiras, olhas, ouves e pouco mais. É triste lembrar-me que te considerei tanto, meu amor. Não sei o que me passou pela cabeça.
Gosto de me deitar, agarrar no meu peluche. Nessas alturas vens à minha mente e decides torná-la num local completamente disperso. Decido mandar-te embora e pedir que não voltes. Encontro os auriculares. Coloco-os e abstraio-me da tua imagem, do som da tua voz que vagueia na minha memória. Sinto o ritmo do som, mas a imagem decide ficar. Adormeço e é quase indispensável dizer que sonhei mesmo contigo.
Lá, eu sabia quem tu eras tal e qual. Mas ao contrário de agora, que estou com os pés bem assentes na terra, eu deixava que tu me comandasses. Sentia-me presa, como se não pudesse proclamar o dever que exerço sobre mim mesma. Cometi erros e sorria, como se nada tivesse acontecido. Olhávamo-nos nos olhos e eu tinha coragem de deslizar a minha mão, sobre a tua barba, jovem. Independentemente dos erros, o sonho fazia com que não me importasse. Eu podia dizer, novamente, que te amava.
Não vou deixar que esta lágrima, escorra pela minha face angustiada. Eu acordei e o teu mundo, o nosso mundo (se é que algum dia o poderei chamar desse modo) estilhaçou-se. Já não sou capaz falar contigo, como poderia ter falado. Não faço questão em ver-te novamente, mas não queria que desaparecesses eternamente. Fizeste-me bem. Fizeste-me sorrir como ninguém e a única coisa que eu pedia, era ter o teu ombro do meu lado, como no início. Lembraste do inicio? Quando falávamos sem fim e eu dizia que eras um amigo, um bom amigo. Sorria pela pessoa que transmitias ser e agora, apetece-me chorar pelo ser que és.
Mais do que isso, desiludiste-me.
Se eu estiver a sonhar, talvez me arranques de novo um sorriso. 

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