alicerce

sábado, 11 de junho de 2011

17 # Carta para alguém da tua infância


Talvez só nos tenhamos apercebido do quão importantes éramos, uma para a outra no final de tudo. Tarde demais. Nessa altura já eu estava mentalizada de uma nova etapa na minha vida. Se queres mesmo que te diga, não me arrependo. Ainda tínhamos nós meses quando pela primeira vez, sorrimos mutuamente, sem que quebrassem esse ritmo presente em nós. Para onde foi esse ritmo? Provavelmente já vagueia no oceano mais longínquo. Tão longínquo que não consiga voltar. Estás drasticamente diferente e talvez também seja culpa minha, já que te abandonei sem que pudesses dizer adeus. Por vezes tem de ser assim, por vezes não podemos dizer adeus a algo que ainda está e ficará bem presente. Estou um pouco desiludida contigo, confesso. Julguei-te mais forte. Mas o teu reinado derrotou-te lentamente, até que para atingires o teu nível tivesses que te transformar. Mas esperança eu já nem tenho, pois eu sei, eu sei que ambas estamos felizes assim.

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