alicerce

domingo, 13 de março de 2011

rafinha? bom dia !

Estou completamente dorida e sem forças para nada. O mundo desabou sobre mim, novamente. Mas só a minha alma o sente. O meu olhar transparece dor e o meu sorriso engana os mais fiéis parceiros. Pareço andar torta e os meus braços, acompanham o movimento leve e lento das minhas pernas. Oiço vozes a chegar, que se afastam lentamente. Sinto o telefone a tremer mas decido adormecer.
Os pesadelos não me largam, por mais longe que eu esteja. Pestanejo duas e três vezes até que o ambiente calmo e morno me volte a elucidar de que estou completamente de rastos. Decido ficar mesmo ali, sobre a cama e acalmo o meu ânimo com uma boa série. E depois? Outra. Até que percorro todos os duzentos e tal canais e me apercebo que nada é do meu interesse. Decido erguer-me, beber o meu copo de leite e ir para a cama. Afinal o meu mundo sempre esteve cercado por quatro paredes, que por mais chuva ou sol que faça, nunca me deixam sós. Deixo a resposta àqueles que me ouvem diariamente e sigo em direcção de um novo mundo.
Nesse mundo, a realidade é o meu maior alvo. Decido reflectir, reflectir umas horas, comigo. Percorro recordações. Desde fotografias, a mensagens, que confesso já se encontrarem perdidas na minha mente. Entre elas, surgia sempre um sorriso. Até que cheguei ao momento onde não podia fugir mais. A minha mente perdeu-se completamente na abstracção e atingiu o meu ponto fraco. Observei todas as mensagens com uma expressão completamente nula e quando me deparo com uma que citava: “Rafinha? Bom dia!”. Uma lágrima percorreu o meu rosto, devido a toda aquela nostalgia. Tal foi a dor recordada que, sem hesitar desliguei o telefone. Mas já era tarde demais. A minha mente já estava completamente invadida. As minhas mãos tremiam e os pés gelavam.
Decidi deixar fluir, algo que estava diante dos meus olhos e mais uma vez, o coração atraiçoou-me a alma. 

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