alicerce

sábado, 26 de março de 2011

quando a chuva passar

Apetecia-me ficar por aqui, a tarde toda a escrever. Mas faltam-me as palavras para compor esse desejo. Lá fora, os pássaros cantam e tentam chamar a minha atenção. A chuva parou finalmente e deixou as suas marcas em todo o lado. A relva está verde e parece que já oiço as formigas a andar sobre ela. A chuva passou mas não insistiu para que as pequenas folhas caíssem da árvore que me salta mais à vista. É grandiosa e tem um poder avassalador a marcar presença. Todos param, nem que seja um segundo a contemplá-la. No verão, já serve de abrigo aos mais pequenos e insiste não os deixar fugir.
Cá dentro, a cama continua quente da noite. A melodia não falha. Os livros estão abertos sobre a cama, à espera que, alguém os deseje e os use para fins necessários. Lá em cima, há pessoas a dançar e a gozar seriamente com a minha sanidade mental. Prefiro sinceramente, ser eu, só eu.
A minha avó, insiste em servir-me o lanche. A cozinha está completamente de pernas para o ar, à espera que, o cão arrume, provavelmente.
E eu estou aqui, sentada sobre os lençóis, tentando descrever alguma coisa de jeito. O meu peluche continua a meu lado e o telemóvel vai chamando por mim, de três em três minutos. O meu cabelo está encharcado e o secador está a olhar para mim, à espera que seja usado até que o arrume na caixa e só o volte a ver em Setembro. O livro está ali, na prateleira e confesso querer abri-lo e lê-lo até ao fim, mas por outro lado, não o quero acabar, porque vou ficar com pena que seja o fim.
Vou tentar dar asas à imaginação e escrever, então, uma histórica que me acalme os ânimos.  

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