Sabes o que é que me deixa mesmo revoltada? Mais do que estar desiludida contigo, é ver que pensas que tens o mundo nas tuas mãos, é pensares que depois de tudo, podes fazer aquilo que TU queres e saber que um dia, um dia, sozinho sem ajuda de ninguém vais cair, vais olhar para baixo, desequilibrar-te e só quando chegares lá em baixo é que vais ver o que deixaste em cima! E custa-me, muito sinceramente custa-me ver que já nem o teu sorriso é o mesmo, o teu olhar é tentador e demasiado confiante e eu nunca mais cairei nas tuas garras, porque já tentei tirar-te desse sonho em que vives e tu nunca, nunca quiseste acordar. Mete-me nojo a forma como ages, mete-me pena o mundo de ilusão em que estás a viver. E eu espero realmente que ainda acordes a tempo, ou até que não acordes para perceberes o que para ti, HOJE é muito bom.
Não, não mereces que ande para aqui a escrever sobre ti como se fosses verdadeiramente importante. Mas a verdade é que escrevo, porque chorar por ti, já mais voltarei a chorar e então, afogo as «mágoas» em palavras soltas, como se nenhuma frase fizesse sentido para alguém, mas para mim são mais que sentidos, são modos de pensar, aliás, ninguém escreve sem razão. Também não mereces saber que sofri por ti, mas como já sabes desde o primeiro dia, saber mais mil e uma é igual. Um dia hás-de perceber o que é amar, o que não quer dizer que eu saiba, mas sei pelo menos o que é sofrer por algo que tem importância, algo que nos «habituamos» a ter e de um momento para o outro muda de ideias como uma criança com um brilho nos olhos à procura do brinquedo perfeito.
Mas muito sinceramente fofinho, atina, já tens idade para isso, não?
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