É inacreditável como as saudades
já se voltavam a aplicar a ti a toda a força e o tempo, esse pouco se passou. Pouco
mas tanto à escala da vontade em ter-te por perto. Acho que é a primeira vez
que os nossos testamentos se interrompem por tanto tempo mas não é isso que
mais me custa, porque por mim podíamos continuar assim se a tua voz se
continuasse a fazer ouvir a longo prazo, o que já nem se quer sucede. Mas eu
confesso, confesso as saudades que tenho em acordar e ler qualquer coisa vinda
de ti. E não amor, não se trata do mau hábito que me causaste, trata-se do
valor que eu dou a todos os teus gestos. Os teus maravilhosos gestos…
Sabes, hoje acordei e
como a vontade de te ter por perto já apertava, decidi relembrar momentos
antigos, reler testamentos, rir-me da evolução dos nossos vínculos. Orgulho-me
cada vez mais deles e amá-los já se torna inevitável à imenso tempo…
Quando olhei para aquele objeto a incumbir-se no silêncio e de súbito observei as palavras "meu homem", mil e um sentimentos fizeram-se sentir e o sorriso, chegou ao seu auge total. Soube-me bem ouvir-te
mais uma vez, como sabe sempre, mas desta vez, só com palavras, aconchegaste-me
a alma e o coração. Há coisas que têm de ser repetidas, não só para não serem
esquecidas mas pela força que têm e esta é uma delas: amo-te e nunca percas este teu dom, este dom que
eu amo de me fazeres tão feliz.
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