Não sei que te diga, não sei se os teus actos benevolentes darão em algum acto favorável ao longo deste teu caminho, pequeno por sinal. Fartei-me de te abrir os olhos com questões que a um ser normal, fariam pensar. Não adianta, percorres-me com aquele olhar sarcástico e deixas-me sem saber o que dizer, para além do que já tinha dito. Sabes perfeitamente que aquilo que te digo, é aquilo que está certo. Mesmo assim insistes em fazer, aquilo que já foi feito. Insistes em que esse pedacinho de orvalho no chão, te irá saciar a sede. Não sei que te diga, pequena.
Palavras não faltarão para te definir daqui a uns anos, cada uma com o seu toque especial, o seu carisma. A tua pele suave já trará verrugas e os teus pezinhos de fada, já estarão flácidos.
Acorda minha pequena, a vida são dois dias. Se num desses dias estiveres um pouco aluada, à espera que sejas a grande premiada, no outro dia estarás perdida, chorando pela sorte que não chegou. Talvez te diga para lutar, como quem quer olhar o futuro com um brilho nos olhos e um sorriso nos lábios. Mas agora eu dir-te-ia que não vale a pena essa persistência, esse sentimento que a teus olhos é a luz ao fundo do túnel. Prefiro ver-te de novo, chorando por um mundo que no futuro ser-te-á fiel. Estás a deixar-te levar e palavras não faltarão para te descrever, repito.
Já não sei que te diga, se palavras tão compatíveis te deixam assim. Perde-te, perde-te outra vez, eu cá estarei para te amparar.
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