alicerce

sexta-feira, 25 de março de 2011

palavras não faltarão

Não sei que te diga, não sei se os teus actos benevolentes darão em algum acto favorável ao longo deste teu caminho, pequeno por sinal. Fartei-me de te abrir os olhos com questões que a um ser normal, fariam pensar. Não adianta, percorres-me com aquele olhar sarcástico e deixas-me sem saber o que dizer, para além do que já tinha dito. Sabes perfeitamente que aquilo que te digo, é aquilo que está certo. Mesmo assim insistes em fazer, aquilo que já foi feito. Insistes em que esse pedacinho de orvalho no chão, te irá saciar a sede. Não sei que te diga, pequena.
Palavras não faltarão para te definir daqui a uns anos, cada uma com o seu toque especial, o seu carisma. A tua pele suave já trará verrugas e os teus pezinhos de fada, já estarão flácidos.
Acorda minha pequena, a vida são dois dias. Se num desses dias estiveres um pouco aluada, à espera que sejas a grande premiada, no outro dia estarás perdida, chorando pela sorte que não chegou. Talvez te diga para lutar, como quem quer olhar o futuro com um brilho nos olhos e um sorriso nos lábios. Mas agora eu dir-te-ia que não vale a pena essa persistência, esse sentimento que a teus olhos é a luz ao fundo do túnel. Prefiro ver-te de novo, chorando por um mundo que no futuro ser-te-á fiel. Estás a deixar-te levar e palavras não faltarão para te descrever, repito.
Já não sei que te diga, se palavras tão compatíveis te deixam assim. Perde-te, perde-te outra vez, eu cá estarei para te amparar. 

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